Pesquisas em visão computacional unem DCC e Indústria

Fundado em 1992, o Laboratório de Visão Computacional e Robótica (VeRLab) do Departamento de Ciência da Computação (DCC/UFMG) desenvolve trabalhos em diferentes linhas de pesquisa. Entre os grandes desafios dos pesquisadores estão as pesquisas em Visão Computacional, Robótica e áreas da Inteligência Artificial que interagem com o mundo físico.

Segundo o professor associado do VerRLab, Douglas G. Macharet, o laboratório possui um longo histórico de projetos de pesquisa e desenvolvimento com a indústria, com atuação em segmentos como Óleo e Gás, Mineração, Energia e Telecomunicação. “Com a criação da Unidade Embrapii DCC/UFMG, essa vocação se tornou ainda mais abrangente, facilitando a parceria com outras empresas de vários outros segmentos. A Fundep é, também, uma parceira muito importante, nos auxiliando principalmente nas atividades administrativas e burocráticas. Dessa forma, é possível gastar melhor o tempo focando principalmente no desenvolvimento da pesquisa em si”, analisa Macharet.

Um dos projetos destacados pelo professor é o de operação remota de equipamentos de mineração, em colaboração com o Instituto Tecnológico Vale (ITV/Vale). O objetivo é estudar e desenvolver métodos que facilitem o controle de equipamentos de grande porte por um operador remoto. A teleoperação possui um papel importante, trazendo benefícios como: redução da exposição a ambientes insalubres; melhoria das condições de trabalho; disponibilidade de mão de obra em áreas remotas e redução de custos com transporte e mudanças de turnos.

“Um dos grandes desafios está principalmente no aspecto humano e na sensação de imersão que o operador terá em relação ao ambiente em que a máquina está operando. Para isso, avaliamos dispositivos de realidade aumentada e principalmente o uso de interfaces hápticas, que permitem ao operador sentir a ‘força’ que o equipamento está fazendo. Dessa forma, tanto a máquina quanto o humano podem trabalhar de maneira colaborativa para realizar o trabalho da melhor maneira possível”, afirma o professor.